31 de outubro de 2008

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Eu não sou dono de um português sequer bom, fica no razoável. Eu não gosto de gramática, me irrito com algumas regras, mas tento, na medida do possível, escrever corretamente. Sei que abuso de vírgulas, normal, é agradável, não? Bom, me deparei com algo engraçado.

Hoje estava faminto, com vontade de destruir a bandeja do Restaurante Universitário, mastigar o feijão com agressividade e sentir uma parte do meu dente se partindo ao morder uma maldita pedra, se deliciar, talvez, com algum elemento estranho, um ovni sem o "v" ou algo do tipo. Queria ter aquele prazer que só o RU me proporciona. Comer 1 kg de comida e sentir fome após 15 minutos, coisas absurdas que são impossíveis de explicar. Porém, nem sempre realizamos nossas vontades, o mundo é cruel demais. Viver cansa, por isso tem tanta gente se matando. Enfim, cheguei ao RU e dei de cara com aquela tainha frita que servem de sacanagem. Certeza. O chef (claro! o chef) deve colocar a tainha pra fritar e ficar a rir junto com a cozinheira, maior sacanagem, dá um enjôo apenas de olhar, resolvi nem almoçar e fui embora cabisbaixo e faminto. Logo pensei em comer outra coisa no chamado centro de cultura e eventos, uma construção grande que recebe inúmeros eventos aqui na cidade. Entrei e logo fui urinar, minha bexiga reclamava, sentia até uma “dorzinha” já. Coloquei o menino pra fora e relaxei. Como é bom dar uma “mijada” quando você está se segurando por um bom tempo, concorda? Enquanto relaxava li um recado muito interessante escrito numa espécie de painel em cima do mictório, bem moderno por sinal, bonito, a placa era educativa: "Após fazer xixi, favor lavar às mãos." Alguém havia circulado o tal do "às", circulou e indicou com uma seta três letrinhas colocadas sabiamente pelo tal professor: "PQP!" A risada me ajudou, o balancei involuntariamente devido às gargalhadas. Quase iniciei uma conversa com o outro que urinava ao lado. Constrangedor. TUDO.

26 de outubro de 2008

Morte no Edifício Scarlet

Bom, por onde começar? Este caso de óbito tem de monte para se falar.

Eu estava por aí, como sempre, naquela rotina que traz trivialidade a minha vida, entrando no meu antigo apartamento de número 102 - com aquele bom e sagaz lema, o que acontece no apto. 102, fica no apto 102, roubado de algum lugar, é claro, mas encaixou-se como uma luva - quando me deparo com o Rafael, vulgo calouro, sem camisa, sentindo-se em casa (pois não estavas em casa o menino?), e gritos lancinantes invadiram nossos ouvidos, parecia algum tipo de algazarra feminina, não me dou bem com histerismo, não titubiei, abri a porta e reclamei: "OOOOOO!" como se pedisse por silêncio. O grito não parava e o Rafael a me contar que não era algazarra, e sim um choro de mulher. Eu dotado daquela curiosidade natural de um tolo bípede, logo corri ao olho mágico para ver o que acontecia. Primeiro insucesso. Recorri a sacada, ou varanda, como preferir, fui com o Rafael e ali descobrimos de onde vinham os gritos. No portão da frente do edifício Scarlet, uma mulher a gritar, a chorar, a reclamar, a rosnar, a xingar até. Explicitamente fora de controle. Coisa chata de se ver, porém nós observávamos, tentando figurar o que estava se passando. A van do SAMU chegou, após gritos histéricos misturados com lágrimas doídas que exclamavam: "Aquiiiii! Aquiiiiii, porra! Aquiiiiiii!". A mulher chorosa da história era a filha de uma das nossas vizinhas. Uma vizinha querida, uma senhora que não fazia mal a ninguém, nem sempre pelo menos, depende de onde você olha e de quão egoísta você é. Senhora que tinha quatro cachorros, mas sempre passeava com o mesmo - eu pelo menos só conheci um dos quatro, talvez apenas aquele me chamou atenção - um basset um tanto obeso que quando caminhava com tal vizinha, nos propiciava uma fotografia engraçada. Se os dois fossem cachorros com certeza seriam irmãos, ou casados, pois se pareciam. Cachorro pesado, tua barriga coçava o chão de forma graciosa, era um afago aos olhos ver tal situação. Rio só de lembrar. Hahaha!
A filha da vizinha exigiu pressa, segundo ela, suavizando com um eufemismo camoniano, tua mãe já havia ido repousar lá no céu eternamente, ou dormia o sono eterno, virou estrela no céu, passou para o outro lado, saiu do armário, opa, essa não, deu o último suspiro, mudou de endereço para sempre, vestiu o último paletó. Enfim, já havia batido as botas, os integrantes do SAMU se apressaram, levaram o desfibrilador junto e nesse momento, eu o Rafael e a namorada percebemos a situação. Nunca ninguém havia morrido assim tão perto de mim, desvirginou-me a dona do totó com a barriga esfolada (com certeza deve estar esfolado aquele barrigão). Tudo corria muito depressa, esqueci até de fumar, precisava, estava tenso. O pessoal foi chegando, eu, such a gentleman, já fui avisando: "Sem algazarras, pessoal. A vizinha faleceu." Ainda me lembro do outro Rafael, o gaúcho, me olhando com os olhos arregalados perguntando o que havia acontecido. Eu, subitamente, fiquei com preguiça de contar, apenas para atiçar a curiosidade do rapaz. Bom, acabei por explicar sucintamente a situação . Naturalmente a reação do Rafael foi falar bem da velhinha. Ela sempre foi muito simpática - dizia ele, sem nenhuma alteração do seu humor. Eu concordava com a cabeça, dizia que aquela senhora tinha um coração muito bom, ao ouvir isto, um ligeiro riso quase escarninho, pungente, desabrochou no rosto do meu amigo: "Mas ela não morreu de parada cardiovascular?" Que cínico. Eu ri, depois de alguns segundos, pois não fui tão rápido na compreensão. Mas digo agora que depois de tal ato de morbidez, foi como o soar de um apito, indicando o início de uma partida de futebol, os demais se juntaram ao púlpito imaginário que se figurava no meio da sala para proferir tuas maldades. Não irei me ater a pronunciar tamanha ousadia dos presentes naquele momento na sala empesteada de cheiro de cravo do apto. 102, apenas exprimirei dois fatos que derrubaram meu queixo. Era sabido por todos nós que a senhora estava por falecer, o zelador do condomínio havia nos contado, em primeira mão, a fofoca a respeito da doença. Ele dizia que teríamos um óbito. Eu logo pensei que seria de nossa síndica, não tão bem quista pelos moradores, rezei por um homicídio (sarcasmo off), mas me confundi, me iludi de bobeira, o caso era da vizinha mesmo, mulher que antes conversava conosco assim sempre que possível e que a mesma era vítima de nossas escapadelas, atravessadas de ruas inesperadas, só porque ela era assim, bem simpática, adorava conversar, principalmente quando estávamos entupidos de atraso e corríamos contra o tempo, que voava. Possuia um coágulo no cérebro, perdeu a sanidade, proferindo palavras de baixo calão ao nosso zelador, xingava-o com gosto, dizia que ele estava a farrear com o marido dela e tua filha. Uma loucura. A casa dela já fedia. Neste momento que a filha da falecida foi avisada, a qual voltou correndo para casa da mãe levando a mortalha na bolsa, figurativamente falando. O zelador contou mais um causo, havia visto ela pela garagem a procurar o marido, abria a lata de lixo e gritava histericamente, nas últimas: "Cadê tu? Seu cretino!"
Lamentável é a vida. Eu já estou meio perdido, mergulhei demais em tal situação fúnebre, mas pelo menos não cometi gafes, mantive a compostura a mim imposta pela sociedade, não me desviei. Digo isso, pois um de meus colegas gritava aqui de casa pela varanda, para tua amiga que estava ali na rua (entenda que moramos no primeiro andar, e a rua fica bem do lado) na frente de funesto carro fúnebre, ao lado de cadáver, órfã e curiosos. QUANTAS CERVEJAS VAI QUERER? - gritava o indiferente companheiro. O outro, um pouco antes, explicava da mesma sacada, para a vizinha curiosa (3° andar) da vizinha falecida que tua vizinha havia morrido, tudo isso de forma delicada, é claro. A senhora tua vizinha - dizia meu amigo. A vizinha curiosa respondia com uma interjeição: " Han?". O gajo insistia - a senhora do cachorro, sabe? gesticulava com as mãos, sinalizando que algo havia acontecido com a mulher, para dar auxílio a vizinha. A vizinha curiosa repetia: "Han?". Neste momento a impaciência tomou conta até de mim, que na sala me encontrava, fitando o chão com a cabeça apoiada nas mãos, incrédulo. A MULHER SUA VIZINHA MORREU! - decretou meu colega, tirando qualquer dúvida, até mesmo do cadáver, que quase acordou após tamanho berro.

19 de outubro de 2008

Por que não nos apressarmos?

Esse ai bateu o recorde: maior quantidade de cigarros fumados de uma vez só. Incrível.
Eu gostei do dispositivo que possibilita o trago simultâneo, gostei também da idéia imbecil, ou melhor, cretina. Menos 17 anos de vida, certeza.

Para dar início as atividades:

Muitas mulheres dizem que se o cara a faz rir, grande parte do jogo da sedução está ganho. Este aqui ganha pelo jeito simpático e direto.



firstdate Pictures, Images and Photos

Deveríamos todos nós andarmos com camisetas como essa? Neste mundinho hipótetico das camisetas falantes, eu sairia à procura de uma bem assim: "Procura-se alguém capaz de me trazer lisergia sexual". O gajo aqui estaria fadado a resolver este problema (se a cocota for de bom grado, é claro!). =)